Sarna Canina: quais os principais tipos e como tratar?

Cão pug com lesões dermatológicas na face.

Há uma grande preocupação por parte das pessoas quando o assunto é sarna canina. Porém, é importante ressaltar que nem todos os tipos de sarnas caninas acometem os seres humanos.

Assim como muitas outras áreas, a dermatologia veterinária está em constante crescimento e é essencial para a saúde animal e também humana – devido a grande quantidade de doenças zoonóticas existentes.

Neste artigo iremos abordar os principais tipos de sarnas que acometem os cães. Confira!

O que é a sarna canina?

A sarna canina pode ocorrer por diferentes agentes causadores da doença, sendo que alguns tipos podem ainda acometer os seres humanos. A sarna negra (ou demodiciose) e a escabiose (ou sarna sarcóptica) estão entre as mais comuns que afetam os cães.

Cachorro com sarna.
Fonte: Shutterstock

Principais tipos de sarnas que acometem os cães:

Existem diferentes tipos de sarna canina, sendo que alguns deles possuem potencial de infectar humanos. Portanto, é importante prevenir que os pets sejam acometidos – e, quando acometidos, deve ser buscada orientação de um médico veterinário.

A seguir iremos falar um pouco mais sobre duas sarnas que são bastante comuns na rotina veterinária: a sarna demodécica e a escabiose.

1. Sarna demodécica (ou sarna negra):

A sarna demodécica, também conhecida como demodiciose, ou ainda popularmente como “sarna negra”, ocorre com maior incidência nos cães do que nos gatos. Neles, o causador da doença (Demodex canis, D. injai, D. cornei ou D. cyonis), fazem parte da microbiota da pele, geralmente sem causar doença. Porém, quando o animal apresenta um quadro de imunossupressão, pode ocorrer a proliferação exacerbada do agente, ocasionando a doença.

Cães jovens (com menos de um ano) têm maior probabilidade de infecção. Além disso, algumas raças são mais predispostas, como:

  • Bulldog.
  • Pug.
  • Lhasa Apso.
  • Shih Tzu.
  • Outras.

A imunossupressão pode ser ocasionada pelo uso de medicamentos, como corticóides e quimioterápicos. E, quando esse tipo de sarna acomete animais adultos, geralmente tem alguma outra causa que possa estar gerando o quadro de imunossupressão. A doença não é infectocontagiosa – ou seja, não é transmitida de um cão para outro, devido a necessidade do acometimento da imunidade para causar a doença.

A sarna demodécica pode ou não causar coceira nos animais, dependendo diretamente de qual agente está presente na infecção. A alopecia ou rarefação pilosa (ausência ou falhas de pelos) são os principais sinais clínicos que o cão com sarna demodécica poderá apresentar.

Já nos gatos, o agente causador será o Demodex gatoi ou D. cati. Nos felinos nem sempre a doença estará relacionada à uma doença de base ou imunossupressão. Com isso, a doença pode ser transmitida de um gato para outro gato.

2. Sarna sarcóptica (ou escabiose):

A escabiose é uma doença de caráter zoonótico – ou seja, pode atingir seres humanos, tendo cerca de 30% de probabilidade de transmissão para as pessoas.

Nos cães a doença também tende a acometer animais mais jovens (com menos de um ano de idade) e neste caso não existe predisposição racial. O ácaro da escabiose

é superficial, porém a fêmea cava galerias na camada da pele conhecida como epiderme, gerando muita coceira nos animais acometidos. A pele tende então a ficar com um aspecto grosseiro – conhecido como hiperqueratose, podendo causar também falhas no pelo e vermelhidão na pele.

Os gatos também podem ser acometidos, neste caso pela escabiose felina. Neles, não há tanta coceira, mas os felinos tendem a apresentar lambedura excessiva. O gato também pode transmitir a doença para gatos, cães ou ainda seres humanos.

Ectoparasita de cães.
Fonte: Shutterstock

Outras doenças dermatológicas que podem atingir os cães

Além das sarnas caninas e felinas, diversas outras doenças dermatológicas podem acometer os animais, sendo essencial a avaliação do médico veterinário clínico geral e dermatologista, como por exemplo:

  • Dermatofitose.
  • Dermatite por Malassezia.
  • Esporotricose.
  • Criptococose.
  • Piodermite.
  • Otites.
  • Dermatopatias alérgicas.
  • Entre outras.

Como fazer a prevenção da sarna canina?

Algumas ações simples podem prevenir que os pets sejam acometidos por sarnas, como:

  • Cuidar da imunidade do pet: Como vimos, alguns tipos de sarnas e outros problemas dermatológicos podem ter relação íntima com a imunidade do pet. Ou seja, manter a imunidade do pet elevada pode ajudar na prevenção dessas doenças. Isso pode ser feito através de simples ações, como oferecer alimentação de qualidade, sempre recomendada e supervisionada pelo médico veterinário, levar o pet para consultas de check-up e etc.
  • Prevenção contra ectoparasitas: o uso de medicamentos deve ser usado contra prevenção contra pulgas, carrapatos e ácaros causadores de sarnas. Medicamentos à base de Isoxazolinas são utilizados nestes casos. O médico veterinário poderá recomendar a marca e o produto mais adequado para o pet.

Em casos de indícios de sarna canina ou qualquer outra afecção, busque orientação do médico veterinário o quanto antes! Não se esqueça, os pets não falam e muitas vezes podem apresentar sinais clínicos tardios. A prevenção sempre será a melhor escolha!

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