Osteoartrite em cães: o que é a doença e como tratar?

Ilustração de cão com dor articular em pata dianteira.

Diversas doenças ortopédicas podem acometer os cães. No caso da osteoartrite, os animais podem apresentar sinais clínicos agudos, quando entram em crises causadas devido à doença. É importante que o diagnóstico seja realizado corretamente, permitindo proporcionar o tratamento mais adequado ao cão acometido, fornecendo ainda maior conforto e qualidade de vida ao animal.

Neste texto, iremos abordar tópicos relevantes sobre a osteoartrite em cães, como os principais sinais que os cães acometidos podem demonstrar, quais exames são necessários para diagnóstico e outros pontos importantes. Confira!

O que é a osteoartrite em cães?

A osteoartrite é caracterizada por ser uma doença que causa a perda progressiva da cartilagem presente no esqueleto, além da proliferação anormal do tecido ósseo (como a formação de osteófitos – também conhecidos como bico de papagaio, por exemplo). Com isso, as articulações perdem a função de elasticidade e movimentação, causando dor e prejudicando a mobilidade do animal.

Cachorro dachshund.
Fonte: Shutterstock

Quais sinais os cães com osteoartrite demonstram?

Por se tratar de uma doença que acomete as estruturas ósseas, a osteoartrite em cães tende a gerar muita dor. Os principais sinais clínicos que os animais poderão apresentar serão relacionados à dor causada pelo problema, podendo incluir:

  • Claudicação (mancar).
  • Dificuldade em subir escadas ou subir em sofás e camas, por exemplo.
  • Prostração e maior tempo deitado, sem se locomover como de costume.
  • Redução de apetite.
  • Vocalização excessiva (como por exemplo chorando aparentemente sem motivo evidente).
  • Entre outros.

Como visto, o problema gera muita dor e desconforto ao pet. Portanto, sempre que notada qualquer alteração comportamental ou indícios de que algo não esteja bem com a saúde do pet, o mesmo deverá ser levado ao médico veterinário para que o mesmo seja examinado.

Como diagnosticar a osteoartrite em cães

O diagnóstico é iniciado ainda durante a consulta veterinária, onde o profissional irá fazer uma série de perguntas aos proprietários, levantando informações relevantes para compor as suspeitas clínicas. Feito isso, o profissional irá fazer um minucioso exame físico no pet, palpando membros torácicos e pélvicos, coluna vertebral e outras partes do corpo do pet. Assim será possível identificar pontos de maior sensibilidade ou dor.

Feito isso, serão solicitados exames complementares, que na maioria das vezes é composto por exames de imagens, como:

  • Raio-X: sempre devem ser solicitadas ao menos duas projeções de cada parte avaliada.
  • Ultrassom: permite avaliar melhor estruturas articulares, tendões e ligamentos.
  • Ressonância magnética ou tomografia computadorizada: são exames de imagem mais avançados quando comparados ao raio-x e à ultrassonografia. A ressonância magnética é a melhor escolha para avaliar tecidos moles, além de medula óssea e cérebro. Já a tomografia computadorizada é mais indicada para uma avaliação ainda mais minuciosa dos ossos – ou, em outros casos, também pode ser recomendada para avaliação de campos pulmonares.

É extremamente importante avaliar o animal antes da realização dos exames, já que a osteoartrite pode causar um desconforto bastante importante. Caso seja identificado elevado grau de dor, o animal deverá ser medicado antes da realização dos exames, para um maior conforto. 

Raio-x da pata traseira de um cachorro.
Fonte: Shutterstock

Tratamento para osteoartrite

Diversos tratamentos podem ser propostos a depender do caso em específico. Geralmente as recomendações contemplam:

  • Analgesia: o uso de analgésicos é recomendado para o controle da dor e deve ser prescrito pelo médico veterinário de acordo com o grau de dor do pet. Alguns casos podem demandar de analgésicos menos potentes, enquanto outros demandam de fármacos mais potentes, como opióides.
  • Anti-inflamatórios: o uso de anti-inflamatórios esteroidais ou não esteroidais podem ser recomendados, de acordo com o caso.
  • Demais medicações: o uso de ômega 3, condroitina, colágeno e outros também são recomendados, visando nutrir as estruturas afetadas e retardar a progressão da doença.
  • Medicina integrativa: técnicas como acupuntura, fisioterapia e outras também são bem-vindas.

Outras doenças ortopédicas podem acometer os cães

A osteoartrite em cães é uma afecção comum na área da ortopedia. Porém, vale reforçar que outros problemas ortopédicos, sejam crônicos ou agudos, também podem acometer os pets! Alguns exemplos são:

  • Ruptura do ligamento cruzado cranial: o ligamento presente na região do joelho do pet pode se romper em virtude de traumas ou outros motivos.
  • Luxação de patela: assim como a ruptura do ligamento cruzado, a luxação de patela também ocorre na região do joelho do pet. Com isso, a estrutura conhecida como patela se desloca em determinados momentos, o que também pode gerar dores ou desconfortos para o pet.
  • Displasia coxofemoral: a displasia coxofemoral é caracterizada por uma alteração no encaixe entre o fêmur e coxal (osso conhecido nos seres humanos como “bacia”). Com isso, o pet pode apresentar dores e desconfortos, devido ao encaixe incorreto das estruturas.
  • Fraturas ósseas: diversas fraturas ósseas podem acometer os cães. Geralmente ossos longos como tíbia, fêmur e outros são acometidos, mas também pode ocorrer em outras estruturas do esqueleto.
  • Outras alterações: os cães podem ainda apresentar hérnia de disco, redução dos espaçamentos intervertebrais e outras doenças.

É importante que o pet seja levado ao médico veterinário ao menos uma vez por ano para realização de check-up e, além disso, sempre que for notada alguma alteração comportamental. Com isso, o pet tende a ter uma melhor qualidade de vida!

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