Entenda porque os gatos ronronam

Gato de pelos longos

Os felinos possuem diversos comportamentos peculiares e únicos, como o ronronar…

Para quem nunca teve um felino em casa pode ser um pouco desafiador reconhecer os principais detalhes do comportamento felino, mas isso tende a melhorar com o tempo de convivência. Já para quem já conviveu com gatos, essa tarefa se torna um pouco mais fácil, mas, ainda assim, muitas vezes nos deparamos com comportamentos que geram dúvidas, sendo sempre oportuno obter mais conhecimento sobre o comportamento da espécie.

Ter um gato ronronando por perto gera uma sensação muito boa de tranquilidade, paz e aconchego. A presença de um gato ronronando pode gerar uma paz tão grande que muitas pessoas associam a um efeito terapêutico. Mas afinal, por que os gatos ronronam? O que o ato de ronronar significa para eles?

Neste artigo iremos falar um pouco sobre o que é o ronronar e o porquê os gatos emitem este sinal. Confira!

O que é o ronronar?

O ato de ronronar refere-se a um tipo de vocalização (som) emitida pelos felinos. Muita gente diz, de forma popular, que o som se assemelha a um barulho de “motorzinho”, já que é ruidoso e contínuo. É importante ressaltar que a emissão do som não depende da boca estar aberta, como no caso do miado, por exemplo.

Gato recebendo afeto de sua tutora.
Fonte: Shutterstock

Como os gatos ronronam?

O ronronar basicamente ocorre através da passagem do ar pela laringe durante a respiração. Ao passar próximo às cordas vocais, o som (semelhante a um “ronco” de baixa frequência) é emitido.

Afinal, por que os gatos ronronam?

O ronronar felino pode ter diferentes significados. Os principais motivos que levam o gato a emitir o som, incluem:

  • Momentos de alegria: A alegria, o prazer ou a satisfação com algo são os principais motivos do porque os gatos ronronam. É muito comum que os felinos emitam este som por exemplo quando estão recebendo carinho de seus tutores ou em momentos tranquilos, acompanhados de pessoas da família e etc. São nestes momentos em que os donos de gatos mais percebem o ronronar.
  • Quando desejam “pedir” algo: Os gatos podem ainda ronronar quando desejam pedir algo, como afeto de seus tutores ou alimento.
  • Quando precisam se acalmar: Os felinos podem ronronar quando estão sob algum tipo de estresse, visando obter mais calma e tranquilidade. Isso pode ocorrer por exemplo em um momento de visita ao médico veterinário, quando há a presença de pessoas estranhas em casa e outras ocasiões que geram certo grau de estresse.
  • Dor ou desconforto: Bastante atrelado ao tópico anterior (para se acalmar), os gatos podem também ronronar quando sentem alguma dor física ou desconforto. Pelo fato de que o ronronar os acalma, nessas situações os felinos tendem a buscar maior equilíbrio através do ato de ronronar.

Ronronar significa sempre algo positivo?

A resposta é: Não!
Embora o ronronar ocorra de forma mais frequente em situações positivas, nem sempre é assim… Como vimos anteriormente, o ato de ronronar também pode estar relacionado com episódios desagradáveis, como por exemplo um quadro de dor, desconforto ou estresse. Porém, sabendo dos prováveis motivos pelos quais os gatos ronronam e se atentando ao ambiente e momento no qual o felino se encontra, torna-se mais fácil identificar se determinado ronronar é por algo positivo ou não.

É importante ainda ressaltar que caso o tutor note alguma mudança comportamental relacionada ao ronronar no felino, leve-o o quanto antes para uma consulta no médico veterinário, para que o mesmo seja devidamente avaliado e para que seja possível identificar de forma precoce algum possível problema. Essas mudanças comportamentais podem incluir:

  • Passar a ronronar mais alto do que o habitual.
  • Ronronar com maior frequência do que o de costume.
  • Ronronar em momentos em que não há prazer ou satisfação (pode indicar dor ou desconforto).
  • Entre outros.
Gato na caixa de papelão.
Fonte: Shutterstock

Outras peculiaridades dos felinos

Sabe-se que os felinos carregam diversas peculiaridades e características únicas da espécie, sendo o ronronar apenas uma entre diversas outras. Os felinos são tão diferentes quando comparados aos cães, que a cada ano cresce ainda mais o mercado de medicina felina, onde os profissionais médicos veterinários se especializam exclusivamente para trabalhar com felinos, proporcionando assim um atendimento ainda mais diferenciado para os pets!

Geralmente, quem nunca teve contato direto e constante com um felino e adota um gato, por exemplo, muda completamente os pensamentos sobre o universo felino, já que ao conviver com um gato passamos a ver o universo felino por uma perspectiva única e encantadora!

Os felinos tendem a ter um instinto mais selvagem em comparação aos cães e muitos de seus comportamentos estão ligados a isso. Dentre os diversos outros comportamentos peculiares da espécie felina, os mais peculiares e interessantes são:

  • Utilizar caixa de areia: os gatos tendem a fazer suas necessidades em caixas de areia ou locais com terra, para que possam enterrar suas fezes ou xixi. O comportamento está muito atrelado ao receio de que potenciais predadores os identifiquem através dos cheiros. Desta forma, ao “esconder” as necessidades, tendem a deixar menos rastros de sua presença, reduzindo que sejam “presas fáceis” quando em vida livre.
  • Visão noturna: Os felinos domésticos são considerados animais noturnos e portanto enxergam melhor em ambientes escuros. Animais considerados noturnos possuem nos olhos uma membrana chamada “tapetum lucidum”, que facilita a visão no escuro. É justamente por conta da presença da membrana que os olhos dos felinos “brilham” no escuro.
  • Instinto de caça: Os felinos são ainda conhecidos como ótimos caçadores! Em vida livre, o instinto aguçado de caça torna-os excelentes predadores. Com isso, até mesmo os felinos domesticados, que vivem em casa, tendem a ter um comportamento de caça aguçado. Em casa geralmente tendem a caçar insetos e animais como lagartixas, baratas, moscas, pássaros, entre outros. Por mais que o comportamento seja natural da espécie, o tutor deve ficar atento e levar o pet ao veterinário sempre que identificar que o gato possa ter ingerido alguma presa. Isso pois em alguns casos uma simples caça pode representar riscos à saúde do pet e à saúde da família, em virtude da possível transmissão de doenças ou quadros de intoxicação.
  • Demonstração de que algo não vai bem com a sua saúde: Ainda por estarmos falando de uma espécie com instinto selvagem mais aguçado, os felinos tendem a “esconder” quando algo não vai bem com a sua saúde. Por exemplo, enquanto um cão com um grau leve à moderado de dor tende a chorar e demonstrar que está se sentindo mal, um gato pode simplesmente apenas deitar em um local confortável e ficar lá por horas, sem que o tutor perceba que há algo de errado. Por isso é muito importante que os proprietários fiquem atentos até mesmo às pequenas alterações comportamentais do animal.

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